Se empreender é uma atitude, um desafio e um objetivo, acaba por ser uma exigência diante de determinadas realidades ou problemas sociais. Para Gregory Dees, o empreendedorismo social é uma espécie do gênero "empreendedorismo", diferenciando-se por sua missão social. O empreendedor, nesse contexto, foca uma situação de equilíbrio ruim ou injusta, identifica uma oportunidade de alterá-la e constrói uma nova situação de equilíbrio, em prol dos que sofriam de alguma forma.

O conceito de mudança, assim, torna-se claro. Mudança de uma realidade social, geração de valor que beneficia determinado grupo de pessoas. O impacto, porém, precisa ser sustentável e realmente originar um novo equilíbrio. Roger Martin e Sally Osberg entendem que é nesse ponto da amplitude que o serviço social se diferencia do empreendimento social, que também se distingue do ativismo por envolver uma ação direta e não apenas provocativa. Há, de qualquer forma, muitas interseções e até mesmo formas híbridas.

A estratégia, aqui, não pode deixar de ter o envolvimento dos participantes. Desde o diagnóstico de determinada realidade, além da contextualização aprofundada e da identificação das causas, é preciso contemplar a abordagem estratégica e a análise prospectiva em conjunto com o público-alvo. É preciso construir coletivamente a visão de futuro, valorizando mecanismos de participação e gerando consequentemente a mobilização.

Veja mais no mapa mental com os principais pontos das referências utilizadas na disciplina (aqui).